Uma segunda adolescência

A gravidez recorda-me frequentemente a adolescência.
As mudanças no meu corpo são grandes e repentinas. O espelho é um companheiro diário. Alegro-me pela mudança, entristeço-me por ser lenta, espanto-me pela sua velocidade. Alegro-me e estranho a transformação. Gosto e não gosto deste crescer. Estranho a imagem reflectida no espelho. Onde está a minha magreza? E ocorre-me "esta camisola não, pareço um rinoceronte". Chateio-me se me dizem que a barriga está pequena.
Quem é que disse: Dói crescer mas é tão bom!?
Ando feliz e choro. Choro se me ralham. Rio-me até ficar com dores de barriga. Rio-me sem parar até me doerem os maxilares…
Só precisava de mais tempo para mim.
Sinto agora um tempo longo à minha frente. Uma nova vida. Um outra vida.
E ocorrem-me muitas interrogações sobre o futuro: como será a minha vida daqui a um ano? Como será daqui a dez anos? Como serei eu? Como será ela? Como seremos nós os três depois?
E tudo me parece que será bom.

Comentários

Carol disse…
Vai ser sim muito bom!
beijinhos

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